Introdução
No
decorrer de nossas pesquisas referente a Sincronia Comparativa das línguas Tupi
e Japonesa destacamos o glotólogo Luiz Caldas Tibiriça que escreveu o livro
“Estudo Comparativo do Japonês com Línguas Ameríndias – evidências de contatos
pré-colombianos” o qual aborda um estudo linguístico comparativo entre várias
etnias indígenas e a nipônica, destacando curiosas semelhanças entre a língua
japonesa e os vários dialetos tupis incluindo diversos vocábulos como verbos, substantivos,
afixos, interjeições, pronomes, preposições, advérbios e conjunções assim como
uma correspondência entre os seus fonemas.
Correspondência
entre alguns fonemas japoneses e tupis:
Japonês Tupis
a a
tch Ts, x
gi, ge gui, gue
k c, k
m m, mb
r
(brando) r (brando)
w u, v, b
No
que concerne à fauna, estas semelhanças persistem:
Japonês Línguas Ameríndias
já,
cobra Yá, cobra (catawbá)
xixi,
leão xixi, cachorro (nawá)
uxi,
vaca oxi, lhama
(chiquito)
to-to,
galinha (infantil) to-to,
pássaro (nuatl)
nomi,
pulga
nomi, piolho (caxinauá)
tchin,
macaquinho tchin, bicho (botocudo)
Elementos
da natureza
Japonês Línguas ameríndias
Asa,
manhã az, aurora (nauatl)
Kaji,
incêndio kayu, fogo (indonésico)
Kaji,
incêndio kaju, relâmpago (kaingang)
Hi,
fogo hi,fogo (zapoteca)
Mizu,
água misu, água, rio (trumai)
Amê,
chuva amã, chuva (tupi)
Koto,
obscuridade kut,
obscuridade (kaingang)
Ne,
cume, pico ne, terra, montanha (koahuiltek)
Nomes
das partes do corpo. Alguns exemplos:
Japonês Línguas ameríndias
Kubi,
pescoço kupi, pescoço (uto-asteca)
Ti,
sangue di, sangue (tukano)
Ashi,
pé ichi, pé (guaicuru)
Ke,
pelo ke, cabelo (jê)
Advérbios
de tempo e modo
Japonês Tupi
Ippo aipo
Kaette coyte
Ko-re co-ri
Tai-tei tai-tei
Ima ymã
Koro coro-mo
Negação,
afirmação e dúvida
Japonês Tupi
Nai,
nai (negação) nda,ndai
(negação)
Ee
(afirmação) ee
(afirmação)
Na’anrini
(dúvida) ahániri (dúvida)
Tempos
de verbos determinando o futuro
Japonês Tupi
Irai irã
Rai rã
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Conclusão
Há
estudos abundantes sobre a origem do homem americano, e é a pesquisa do Sr. Koiama e o do Sr. Tibiriça, que
demostraram teorias de migrações, onde povos asiáticos teriam vindo, do Sul da
Ásia através das correntes do pacífico ou até transposto as grandes geleiras
que uniam o Alasca à Sibéria durante a última glaciação, penetrando no
continente americano pelo Equador, sendo
que as grandes penetrações japonesas, cujas línguas espalhou-se a partir dos
Andes e dos mananciais da Bacia
Amazônica. Segundo Tibiriça, não existe no Brasil um dialeto indígena sequer
não tenha sido indiretamente influenciado por estas migrações, este ainda firma
que a língua Tupi tem seu étimo, o asiático.
Mesmo ainda sendo uma
incógnita como, ou em que época ocorreu tais migrações, ou ainda quais os
pontos da América realmente atingidos por essas hordas de migrações ou se foram
realmente hordas de pessoas ou pequenas jangadas que se perderam nas correntes
marítimas? Há relatos que na costa da América do Norte e Peru, juncos chineses
e embarcações japonesas arrastadas pelas violentas correntes oceânicas do
Pacífico, e foram encontradas urnas japonesas no Rio Napo, Equador por
arqueólogos.
Onde existia dúvidas ou
até pensamentos fantásticos, Tibiriça, quis encerrar qualquer discussão, que
considere mera coincidência a grande semelhança de vocábulos entre os povos
comentados, fez com que ele em 40 anos de pesquisa nos trouxesse um vocabulário
rico e aparentado, e juntando ao estudo do japonês Koyama, encerra-se qualquer
dúvida a respeito da semelhança entre o japonês e o Tupi.
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