Trabalho Teorias do
texto
Nesse post apresentaremos teorias, explicações e planejamento em sala de aula de cada matéria relacionada à Teorias do texto.
1- Linguística Estrutural
2- Variação Linguística
3- Coesão e coerência
4- Superestrutural, macroestrutura e microestrutura
5- Pragmática
6-Semiótica
7- Análise do livro "Estudos da Variação Linguística"
8- Análise do livro “Para entender o texto” e “Lições de
texto: Leitura e redação” - Platão e Fiorin
1- Linguística
Estruturalista
A linguística de Saussure baseava-se no estudo da
estrutura da língua, e do uso coletivo, comum a todos os falantes, desprezando
o individual, por considerar que a língua é homogênea e dinâmica, enquanto a
fala é mutável. Assim, separou em langue e parole, a fim de estudar a língua,
como sistema e dedicou-se apenas ao primeiro caso, a langue.
“O mérito de Saussure consiste em lançar as bases para a compreensão do conceito de estrutura, palavra-chave para o desenvolvimento do pensamento linguístico e das ciências sociais, a partir da década de 40. A ideia difundiu-se a ponto de constituir o fulcro da tendência conhecida por Estruturalismo”
A Linguística detém-se somente na investigação científica da
linguagem verbal humana. No entanto, é de se notar que todas as linguagens
(verbais ou não verbais) compartilham uma característica importante, são
sistemas de signos usados para a comunicação.
Saussure denominou Semiologia. A linguística é
portanto, uma parte da ciência geral; que estuda a principal modalidade dos
sistemas, as línguas naturais, que são a forma de comunicação mais altamente
desenvolvida e de maior uso.
O linguista procura descobrir como a linguagem funciona por meio de
estudo de línguas específicas, considerando a língua um objeto de estudo que
deve ser examinado empiricamente, dentro dos seus próprios termos.
Distinguem-se, aqui, dois campos de estudos: a linguística geral e a
descritiva. A linguística geral oferece os conceitos e modelos que
fundamentarão a análise das línguas, a descritiva fornece os dados que
confirmam ou refutam as teorias formuladas pela linguística geral.
Saussure, no inicio do séc. XX introduziu um novo ponto de vista no
estudo das línguas, o ponto de vista sincrônica e diacrônica, ele reconheceu a
importância e a complementaridade das duas abordagens:
SINCRÔNICA- Os fatos linguísticos são observados quanto ao seu funcionamento, num
determinado momento.
DIACRÔNICA- Os fatos são analisados quanto às suas transformações, pelas
relações que estabelecem com os fatos que precederam ou sucederam.
SIGNOS LINGUÍSTICOS- A definição de signo dado por Saussure é substancialista , pois ele
trata do signo em si, como uma união de um significante e um significado.
Ao conceito Saussure chama de significado, e à imagem acústica significante.
Não existe significante sem significado: nem significado sem significante, pois
o significante sempre evoca um significado, enquanto o significado não existe
fora dos sons que ele evoca.
Plano de Aula
Para alunos de 6º série do ensino
fundamental seria introduzida a linguística estruturalista de forma histórica,
para aguçar a curiosidade e o gosto pela leitura. Deixaria os alunos pensarem
sobre a época do descobrimento do Brasil e como foi importante as missões
jesuítas em termos da língua, pois a junção da língua falada pelos
índios e o português falado pelos jesuítas originaram a primeira
língua falada no Brasil, nasceu da necessidade deles se comunicarem. Só com a
chegada do Marques de Pombal que trouxe o português falado em Portugal, e a
literatura portuguesa como Camões, e os grandes escritores europeus da época.
Sendo assim, introduzir textos onde
ainda está impregnada de conceitos estruturalistas para que com isso o aluno
perceba a mudança de nossa língua mãe até os dias de hoje.
Exemplo de uma fábula que pode ser
trabalhada em sala de aula, pois é atemporal, já foi contata em sânscrito,
passando por Esopo, La Fontaine, e já foi satirizada por Millôr Fernandes.
O LOBO E O CORDEIRO
Na água limpa de um regato,
matava a sede um Cordeiro,
Quando, saindo do mato,
Veio um Lobo carniceiro.
Tinha a barriga vazia,
Não comera o dia inteiro.
-Como tu ousas sujar
a agua que estou bebendo?
-rosnou o Lobo, a antegozar
O almoço.
-Fica sabendo
Que caro vais me pagar!
-Senhor-Falou o Cordeiro-
Encareço a Vossa Alteza
Que me desculpeis, mas acho
Que vos enganais: Bebendo,
quase dez braças abaixo
de vos, nesta correnteza,
Não posso sujar-vos a agua.
-Não importa. Guardo mágoa
De ti, que ano passado, me destrataste, fingido!
-Mas eu nem tinha nascido.
-Pois então foi teu irmão.
-Não tenho irmão, Excelência.
-Chega de argumentação.
Estou perdendo a paciência!
-Não vos zangueis, desculpai!
-Não foi teu irmão? Foi teu pai
ou senão foi teu avô-
disse o lobo carniceiro
e ao Cordeiro devorou.
(La
Fontaine)
Moral da estória:
Onde a lei não existe ao que parece,
A razão do mais forte prevalece.
2- Estudos das Variações
Linguísticas
Variação Linguística
Subdivisões das variações linguísticas
Existem 3 tipos de
variação:
1. Variação histórica
2. Variação sócio cultural
3. Variação geográfica
Variação histórica
faz referência à mudança da língua ao longo do tempo.
Sócio cultural: grupo
que fala de modo diferente podendo ser até da mesma cidade, região.
Variação
geográfica: modo de falar de cada região
ex: região norte fala diferente da região sul.
- Nordeste: “Você tem uma ruma de livros.”
- Sudeste: “Você tem um montche dje livros.”
- Sul: “Tu tens muitos livros tchê.”
Sócio cultural
fala do grupo, fala de modos diferentes.
Ex.: Um grupo com mais poder aquisitivo fala de modo diferente de quem tem menos poder aquisitivo.
Ex.: Um grupo com mais poder aquisitivo fala de modo diferente de quem tem menos poder aquisitivo.
Plano de aula
Após explicação
dada em sala de aula, mostrando as variações linguística.
Propor um teatro aos alunos utilizando as variações
de cada região, mostrando as diferentes falas e pontuando os alunos à perceber
as diferenças entre cada região. Fazendo-os perceber as diferenças entre norma
culta e as variações da língua.
3- Coerência e Coesão
COESÃO
· Coesão
Quando
falamos de coesão, falamos a respeito dos mecanismos linguísticos que permitem
uma sequência lógico- semântica entre as partes de um texto. A coesão trata basicamente das articulações gramaticais
existentes entre as palavras, as orações e frases para garantir uma boa
sequenciação de eventos.
COERÊNCIA
·
Coerência
É acerca da significação do texto, e
não mais dos elementos estruturais que o compõem.
Ex: Aquele garoto não gosta de futebol e portanto fica
chamando seus amigos para jogar playstation 4
A coerência, por sua vez, aborda a relação lógica
entre ideias, situações ou acontecimentos, apoiando-se, por vezes, em
mecanismos formais, de natureza gramatical
ou lexical, e no conhecimento compartilhado entre
os usuários da língua portuguesa.
Plano
de aula
- Coesão
É o aspecto que assumem os conceitos e relações subtextuais, em um nível ideativo. A coerência é responsável pelo sentido do texto, envolvendo fatores lógico-semânticos e cognitivos, já que a interpretabilidade do texto depende do conhecimento partilhado entre os interlocutores.
É a manifestação linguística da coerência. Provém da forma como
as relações lógico-semânticas do texto são expressas na superfície textual.
Assim, a coesão de um texto é verificada mediante a análise de seus mecanismos
lexicais e gramaticais de construção.
Ex: "Os corvos ficaram à espreita. As aves aguardaram o
momento de se lançarem sobre os animais mortos." (hiperônimo ) "Gosto
muito de doce.
Cocada, então, eu adoro." (hipônimo) "–Aonde você foi ontem?
–f f À casa de Paulo. – f f Sozinha? – Não, f f com amigos." (elipse)
Os elementos de coesão
também proporcionam ao texto a progressão do fluxo informacional,
para levar adiante o discurso. Ex: "Primeiro vi a moto,
depois o ônibus." (tempo) Embora tenha estudado muito, não passou. (contraste)
- Coerência
É o aspecto que assumem os conceitos e relações subtextuais, em um nível ideativo. A coerência é responsável pelo sentido do texto, envolvendo fatores lógico-semânticos e cognitivos, já que a interpretabilidade do texto depende do conhecimento partilhado entre os interlocutores.
Um texto é coerente quando compatível como conhecimento de mundo
do receptor. Observar a coerência é interessante, porque permite
perceber que um texto não existe em si mesmo, mas sim constrói-se na relação
emissor-receptor-mundo.
Para que um texto tenha o seu sentido completo, ou seja,
transmita a ensagem pretendida, é necessário que esteja coerente e coeso. Para
compreender um pouco melhor os conceitos de Coerência textual e de Coesão
textual, e também para distingui-los, vejamos: O que é coesão textual? Quando
falamos de COESÃO textual, falamos a respeito dos mecanismos linguísticos que
permitem uma sequência lógico-semântica entre as partes de um texto, sejam elas
palavras, frases, parágrafos, etc. Entre os elementos que garantem a coesão de
um texto, temos:
- as referências e as reiterações:
Este tipo de coesão acontece quando um termo faz referência a outro dentro do
texto, quando reitera algo que já foi dito antes ou quando uma palavra é
substituída por outra que possui com ela alguma relação semântica.
Alguns destes termos só podem ser compreendidos mediante estas
relações com outros termos do texto, como é o caso da anáfora e da catáfora.
- as substituições
lexicais (elementos
que fazem a coesão lexical): este tipo de coesão acontece quando um termo é
substituído por outro dentro do texto, estabelecendo com ele uma relação de
sinonímia, antonímia, hiponímia ou hiperonímia, ou mesmo quando há a repetição
da mesma unidade lexical (mesma palavra).
- os conectores (elementos que fazem a
coesão interfrásica): Estes elementos coesivos estabelecem as relações de
dependência e ligação entre os termos, ou seja, são conjunções, preposições e
advérbios conectivos.
- a correlação dos
verbos
(coesão temporal e aspectual): consiste na correta utilização dos tempos
verbais, ordenando assim os acontecimentos de uma forma lógica e linear, que
irá permitir a compreensão da sequência dos mesmos. São os elementos coesivos
de um texto que permitem as articulações e ligações entre suas diferentes
partes, bem como a sequenciação das ideias.
O que é coerência textual? Quando falamos em COERÊNCIA textual,
falamos acerca da significação do texto, e não mais dos elementos estruturais
que o compõem. Um texto pode estar perfeitamente coeso, porém incoerente. É o
caso do exemplo abaixo:
"As ruas estão
molhadas porque não choveu"
Há elementos coesivos no texto acima, como a conjunção, a
sequência lógica dos verbos, enfim, do ponto de vista da COESÃO, o texto não
tem nenhum problema. Contudo, ao ler o que diz o texto, percebemos facilmente
que há uma incoerência, pois se as ruas estão molhadas, é porque alguém molhou,
ou a chuva, ou algum outro evento. Não ter chovido não é o motivo de as ruas
estarem molhadas. O texto está incoerente.
4- Todo texto é composta por uma macroestrutura e
uma microestrutura.
Macroestrutura
A
macroestrutural refere-se às relações de coerência textual.
É responsáveis por construir o texto
total e seu significado, através dos processos de produção e compreensão
textual, ou seja, a manutenção da mesma referência temática em toda extensão.
O conceito de coerência refere-se ao
nexo entre as ideias, acontecimentos, circunstâncias. Logo é pela coerência que as idéias são conectadas,
harmonizadas, propiciando a compreensão do texto. Existem vários tipos e níveis
de coerência, como : coerência argumentativa, coerência narrativa, coerência
figurativa, etc.
Alguns
ponto importantes para que haja coerência em um texto:
a)
Harmonia de sentido de modo a não ter
nada ilógico, nada desconexo;
b)
relação entre as partes do texto,
criando uma unidade de sentido;
c)
as partes devem estar
inter-relacionadas;
d)
expor uma informação nova e expandir o
texto;
e)
não apresentar contradições entre as
ideias;
f)
apresentar um ponto de vista, uma nova
visão do mundo.
Exemplo de um texto incoerente:
“Eu gosto tanto de frango, mas tenho medo de gripe
aviária.
- Ah, mas só dá na Ásia, responderam
- Justo na parte que eu mais gosto?”
Exemplo de um texto com coerência(Macroestrutura):
“A dieta ideal para qualquer pessoa, inclusive para
adolescentes, deve ser marcado pela maior ingestão de carboidratos, elementos
que produzem energia para o corpo. ”
Microestrutura
A
microestrutural refere-se às relações de coesão textual.
É integrada pelo conjunto de frases que estão conectadas umas as outras pelos recursos
linguísticos, constituindo sentido ao texto. A coesão refere-se à estrutura
formal do texto e é constituída por mecanismos gramaticais (pronomes, artigos,
concordância, conjunções, etc) definindo as relações entre as frases dentro de
um texto.
Para
que um texto seja coeso:
a) retomada de termos, expressões ou frases já ditas;
b) Encadeamento de segmentos de texto, feito com conectores ou operador
discursivos, tais como então, portanto,
mas, já, que, porque, etc.
Exemplo:
A coesão pode ligar uma palavra/frase dentro de um texto da seguinte forma:
A coesão pode ligar uma palavra/frase dentro de um texto da seguinte forma:
Superestrutural
Refere-se às estruturas textuais globais que
permitem o reconhecimento dos gêneros ou tipos, como também envolve o
conhecimento sobre estratégias esquemáticas cognitivas relacionadas à
significação global da base textual. São estratégias facilitadoras na
produção/recepção de textos que acionam na memória o conhecimento armazenado,
através de modelos globais como, esquemas, frames, scripts e
planos.
Definição de esquemas, frames, scripts
e planos:
- Esquemas: conjunto convencional de elementos armazenados
na memória e organizados sequencialmente que acionamos cognitivamente em uma
situação de uso.
Ex.: Na frase “Um dia de trabalho” retoma as seguintes palavras: acordar, levantar, tomar café, vestir-se, sair de casa, dirigir o carro, chegar no trabalho, trabalhar até meio dia, almoçar,...
Ex.: Na frase “Um dia de trabalho” retoma as seguintes palavras: acordar, levantar, tomar café, vestir-se, sair de casa, dirigir o carro, chegar no trabalho, trabalhar até meio dia, almoçar,...
- Frames: Conjunto convencional de elementos
armazenados na memória sem uma organização sequencial que acionamos
cognitivamente em uma situação de uso.
Ex.: Na frase “Festa de aniversário” retoma as seguintes palavras: balões, brigadeiro, crianças, presentes,...
Ex.: Na frase “Festa de aniversário” retoma as seguintes palavras: balões, brigadeiro, crianças, presentes,...
- Script: São planos mais estabilizados, com rotina bem estabelecida e que geralmente
especificam papéis e ações dos interlocutores.
Ex.: Carta de amor, infância, novela,
etc.
- Planos: Comportamentos manifestados pelas
pessoas no sentido de alcançarem um certo propósito.
Ex.: Um adolescente que organiza um
plano para conseguir convencer os pais de deixar viajar sozinho.
Plano de aula
Depois de passar a teoria e tirar dúvida dos alunos, vou
sugerir quatro atividades:
11-
Pesquisar exemplos de esquemas, frames,
script e planos e trazer em sala de aula;
22-
Pesquisar um texto que tenha coesão e um
texto que tenha coerência e identifica-los;
33-
Os alunos iram trocar com os seus colegas de
sala as suas pesquisas para ter mais percepção sobre o assunto;
44-
Organizaremos na sala uma “varal” na parede
para poder pendurar as pesquisas.
5- Pragmática
Analisa o lado concreto da linguagem, ou seja,
vendo-se como os usuários de uma língua a usam em sua prática linguística por
um lado e por outro o estudo das condições que governam essa prática. Estuda-se
primeiramente o uso da linguagem e não somente a língua, a ciência do uso linguístico.
Estuda-se então a sociedade e sua comunicação, como a
linguagem funciona nas trocas de linguagem entre seus usuários. Pode-se afirmar
que esse estudo é ainda relativo aos problemas relativos ao uso da linguagem.
As diferentes perspectivas da pragmática oscilam entre
uma concepção restrita e uma concepção alargada dos seus limites. Para a
concepção restrita, a pragmática apenas se ocupa de assuntos que se situam fora
do âmbito das outras disciplinas, dos aspectos que se prendem nomeadamente com
a referencialidade e a indexicalidade, questões que têm a ver com a relação das
unidades linguísticas com o mundo e com a situação enunciativa. Para a
concepção alargada, pelo contrário, a pragmática abarca o conjunto dos
fenómenos de emergência da significação, considerando que as unidades da
linguagem não possuem significação autónoma da situação enunciativa ou, como
alguns autores preferem dizer, independente do processo de discursivização.
A capacidade de compreender a intenção do locutor é
chamada de competência pragmática. A pragmática está além da construção da
frase, estudado na sintaxe, ou do seu significado, estudado pela semântica. A
pragmática estuda essencialmente os objetivos da comunicação.
Plano
de aula
1) Apresentar a Pragmática por meio de textos
simplificados e reduzidos.
2) Propor ao alunos leituras relativas a Pragmatica em
sala de aula, referente ao cotidiano de cada um deles.
3) Fazer uma relação entre os textos que trouxe e os
que pedir para ler. E mostrar na realidade que Pragmática não foge tanto da
realidade, quanto parece.
Pragmática fora da sala de aula
Temos que mostrar ao aluno que o que ele aprende na
escola, não fica somente na escola. Por isso usaremos um texto que acontece
normalmente e mostrar com a Pragmática se aplica nele:
Um indivíduo vai até o caixa eletrônico para fazer um
saque. Há mais pessoas no ambiente, um guarda na porta e sistema interno de
câmeras. Enquanto espera o dinheiro, o indivíduo é abordado por um assaltante,
que coloca a mão em seu ombro e sussurra:
-Não dê um pio ou faça movimentos bruscos, senão te
mato aqui mesmo. Finja que é meu amigo.
A vítima, assustada, pois jamais esperava um assalto
nessas circunstâncias, age conforme o pedido. No entanto, ao passar pela porta
em direção à saída, dá uma “piscadela” para o guarda, que imediatamente dá voz
de prisão para o assaltante.
Bem, se a história é verdadeira eu não sei. Mas
constitui um exemplo do que é fazer uso de uma linguagem na dimensão
pragmática. O indivíduo, ao piscar intencionalmente para o guarda, fez a
escolha de um recurso não-lingüístico disponível pelos integrantes de sua
comunidade para a comunicação. Obviamente, em nossa cultura, o ato de piscar
intencionalmente está ligado a uma manifestação de interesse, de concordância
ou de aceitação (um sinal). No contexto do caixa eletrônica, essas condições
não são aplicáveis aos dois personagens, o que transforma o piscar em algo
inusitado para as circunstâncias; é a expressão de "algo mais", ou seja,
um alerta de que algo não vai bem, que o guarda captou. É a pragmática do
"bem", pois ajudou a prender o assaltante.
Após essa
ilustração de como a Pragmática pode sair da sala de aula, temos então os
exercicíos.
Atividades
1) Propor tópicos, pedir que os alunos em grupos
escolham um e discutam: "Qual o significado pragmático deste conceito,
hoje?" Isto é, como ele afeta a conduta humana? Sugestões de tópicos:
Ecologia, Drogas, Família, Política, Economia, Violência, Celebridades,
Religiosidade, Arte e Ciência.
Exemplo: Qual o significado pragmático de Ecologia?
Observação: fazer antes uma definição prévia, com base
me dicionários e enciclopédias, dos conceitos a serem trabalhados.
2) Os alunos podem usar jornais ou notícias de sites ou outro material
de apoio para fazer a leitura pragmática
6- Semiótica
Ótica
pela metade?
ou
Simiótica
— estudo dos símios?
A Semiótica é a ciência geral de todas as linguagens.
Mais
abrangente que a Lingüística, a qual se restringe ao estudo dos signos
lingüísticos, ou seja, se dedica
aos estudos da língua, fala e linguagem (sistema sígnico da linguagem
verbal), a Semiótica tem por objeto qualquer sistema sígnico como: Artes Visuais, Música, Fotografia, Cinema, Culinária,
Vestuário, Gestos, Religião, Ciência, etc
Antes de tudo, cumpre alertar para uma distinção
necessária: o século XX viu nascer e está testemunhando o crescimento de duas
ciências da linguagem. A Lingüística, ciência da linguagem verbal. E a
Semiótica, ciência de toda e qualquer linguagem.
É
tal a distração que a aparente dominância da língua provoca em nós que, na
maior parte das vezes, não chegamos a tomar consciência de que o nosso
estar-no-mundo, como indivíduos sociais que somos, é mediado por uma rede
intrincada e plural de linguagem, isto é, que nos comunicamos também através da
leitura e/ou produção de formas, volumes, massas, interações de forças, movimentos;
que somos também leitores e/ou produtores de dimensões e direções de linhas,
traços, cores... Enfim, também nos comunicamos e nos orientamos através de
imagens, gráficos, sinais, setas, números, luzes...Através de objetos, sons
musicais, gestos, expressões, cheiro e tato, através do olhar, do sentir e do
apalpar. Somos uma espécie animal tão complexa quanto são complexas e plurais
as linguagens que nos constituem como seres simbólicos, isto é, seres de
linguagem.
SEMIÓTICA
DISCURSIVA
A Semiótica discursiva se ocupa em descrever o sentido,
que é apresentado por meio de um percurso gerativo e suporta três níveis:
fundamental, narrativo e discursivo; esses níveis são capazes de explicar o
sentido dos mais variados textos que circulam em sociedade, sejam eles verbais
ou visuais.
Além disso a Semiótica Discursiva se dedica às abordagens
semânticas, de sentidos, que transpassam as barreiras das frases e atingem o
texto, como uma poesia, uma narração, uma propaganda, um filme, uma letra de
música, entre várias outras formas textuais que existem numa comunidade lingüística.
·
TIPOS
- Semiótica norte-americana: Peirce
(+lógica)
- Semiótica russa: Lotman
(+signo)
- Semiótica francesa: Greimas
(significação como processo)
·
ORIGEM “multidisciplinar”
- Lingüística estrutural (Saussure, Hjelmslev, Tesniere, Benveniste)
- Etnoliteratura (Propp)
- Antropologia (Mauss, Levi-Strauss)
- Mitologia comparada (Dumezil)
- Fenomenologia (Merleau-Ponty)
·
MÉTODO DA SEMIOTICA:
percurso gerativo do sentido
- Do mais simples e abstrato ao mais complexo e concreto.
- Das estruturas profundas às estruturas de superfície.
Nível Fundamental
|
é o nível mais abstrato e simples. Os
sentidos são entendidos pelas categorias de oposição semântica. Os termos são
determinados por ‘relações sensoriais’ e considerados atraentes ou
repulsivos, tensos ou relaxados, negados ou afirmados através das categorias
ou determinações Tensivo-Fóricas.
|
Nível Narrativo
|
é o nível em que se introduz o sujeito.
Nele ocorrem transformações narrativas operadas pelo sujeito. As categorias
semânticas fundamentais tornam-se valores dos sujeitos e são ‘inseridas’ nos
objetos com que o sujeito se relaciona. As determinações tensivo-fóricas
convertem-se em modalizações que modificam as ações e os modos de existência
do sujeito e suas relações com os valores.
|
Nível Discursivo
|
é o nível em que a narrativa é colocada no
tempo, no espaço junto de seus sujeitos, objetos, destinadores e
destinatários. Os personagens do texto tornam-se atores do discurso, graças a
investimentos semânticos e de pessoa, os valores dos objetos vão ser
disseminados como temas e transformados sensorialmente. Essas transformações
produzem efeitos de sentido e fabricam a ilusão da verdade.
|
Considerações
sobre a noção de texto
Sem dúvida alguma, a palavra texto é familiar a qualquer
pessoa ligada à prática escolar. Ela aparece com alta freqüência no linguajar
cotidiano tanto no interior da escola quanto fora de seus limites. Não são
estranhas a ninguém expressões como as que seguem: "redija um texto",
"texto bem elaborado", "o texto constitucional não está
suficientemente claro", "os atores da peça são bons mas o texto é
ruim", "o redator produziu um bom texto", etc. Por causa
exatamente dessa alta freqüência de uso, todo estudante tem algumas noções
sobre o que significa texto.
O
texto não é um aglomerado de frases
Para entender qualquer passagem de um texto, é necessário
confrontá-la com as demais partes que o compõem sob pena de dar-lhe um
significado oposto ao que ela de fato tem. Em outros termos, é necessário
considerar que, para fazer uma boa leitura, deve-se sempre levar em conta o
contexto em que está inserida a passagem a ser lida. Entende-se por contexto
uma unidade lingüística maior onde se encaixa uma unidade lingüística menor.
Assim, a frase encaixa-se no contexto do parágrafo, o parágrafo encaixa-se no
contexto do capítulo, o capítulo encaixa-se no contexto da obra toda. Uma
observação importante a fazer é que nem sempre o contexto vem explicitado
lingüisticamente. O texto mais amplo dentro do qual se encaixa uma passagem
menor pode vir implícito: os elementos da situação em que se produz o texto
podem dispensar maiores esclarecimentos e dar como pressuposto o contexto em
que ele se situa. Para exemplificar o que acaba de ser dito, observe-se um
minúsculo texto como este: A nossa cozinheira está sem paladar. Podem-se
imaginar dois significados completamente diferentes para esse texto dependendo
da situação concreta em que é produzido. Dito durante o jantar, após ter-se
experimentado a primeira colher de sopa, esse texto pode significar que a sopa
está sem sal; dito para o médico no consultório, pode significar que a
empregada pode estar acometida de alguma doença. Para finalizar esta primeira
consideração, convém enfatizar que toda leitura, para não ser equivocada, deve
necessariamente levar em conta o contexto que envolve a passagem que está sendo
lida, lembrando que esse contexto pode vir manifestado explicitamente por
palavras ou pode estar implícito na situação concreta em que é produzido.
Segunda consideração: todo texto contém um pronunciamento dentro de um debate
de escala mais ampla. Nenhum texto é uma peça isolada, nem a manifestação da
individualidade de quem o produziu. De uma forma ou de outra, constrói-se um
texto para, através dele, marcar uma posição ou participar de um debate de
escala mais ampla que está sendo travado na sociedade. Até mesmo uma simples
notícia jornalística, sob a aparência de neutralidade, tem sempre alguma
intenção por trás.
Análise dos livros
7-Estudos das Variações Linguísticas
A transcrição de conversação
Já que a AC procede com base em material empírico
reproduzido conversações reais e considera detalhes não apenas verbais, mas
entonacionais, paralinguísticos e outros, algumas informações adicionais,
quando houver, devem aparecer na transcrição, uma vez constatada na sua
relevância. Trata-se de uma questão complexa definir com clareza o que e quanto
assinalar na superfície de uma conversação.
Não existe a melhor transcrição. Todas são mais ou menos
boas. O essencial é que o analista saiba quais os seus objetivos e não deixe de
assinalar, o que lhe convém. De modo geral, a transcrição deve ser limpa e
legível, sem sobrecarga de símbolos complicados.
Suponhamos que alguém queira analisar a correlação entre
o movimento do olhar , a mudança de tópico e o problema das trocas de turnos(cf
Goodwin, 1981). Neste caso deve ter símbolos muito claros para a marcação da
posição do olho e do corpo, e só uma gravação em vídeo será favorável a esta
transcrição.
O sistema sugerido é eminentemente ortográfico, seguindo
a escrita padrão, mas considerando a produção real. E aqui surgem os primeiros
problemas a serem resolvidos pelo pesquisador e sua intuição de ouvido. Como
grifar palavras pronunciadas de modo diferente do padrão? Alguns consensos: né, pra, prum, comé, tava, etc., ou
eliminação de morfemas finais: qué, só,
vô, etc., ou truncamentos: compr(=
comprou), vam di(= vamos dizer) etc.
Para o formato de conversação, é usual uma sequenciação,
com linhas não muito longas, para melhor visualização, com linhas não muito
longas, para melhor visualização do conjunto. Importante indicar os falantes
com siglas( iniciais do nome ou letra do alfabeto) não convém cortar as
palavras na passagem de uma linha para a outra. É bom evitar as maiúsculas em inicio
de turno.
Os sinais mais frequentes e úteis para a transformação
são os abaixo relacionados:
1-
Falas simultâneas: [[
Quando os dois falantes iniciam ao mesmo tempo um turno,
usam se colchetes duplos no início do turno simultâneo:
...
B: Mas eu não tive nem remorso né’
A: Mas o que foi que houve”
J:[[Meu irmão também fez uma dessas’
B: Depois ele voltou e tudo bem,
B: Mas eu não tive nem remorso né’
A: Mas o que foi que houve”
J:[[Meu irmão também fez uma dessas’
B: Depois ele voltou e tudo bem,
2-
Sobreposição de vozes: [
Quando a concomitância de falas não se dá desde o início
do turno mas a partir de um certo ponto, marca-se, no local, com um colchete
simples abrindo :
...
E: O equilíbrio ecológico pode a QUALQUER MOMENTO: (+) acabar com a
E: O equilíbrio ecológico pode a QUALQUER MOMENTO: (+) acabar com a
civilização [natural
mas não pode ser/o
mundo tá preocupado com isso
E./ (+)
o mundo tá evitando /.../
3.
Sobreposição localizadas: [ ]
Quando a sobreposição ocorre num
dado ponto do turno e não forma turno, usa-se um colchete abrindo e outro fechando:
...
M: A. é o seguinte eu queria
era::
[ ]
A: im
M: eh: dizer que ficou
pronta a cópia
]
Ah
sim
4.
Pausas:
(+) ou (2,5)
Pausas e silêncios são indicados entre parênteses:
em pausas pequenas
Sugere-se usar sinal + para
cada 0.5 segundo; para pausas além de mais de 1.5 segundo,
Cronometradas, indica-se o
tempo. Ex.: (1.8), 2.5) etc.
...CCf. os exemplos a
seguir.J
5.
Dúvida e suposições: ( )
É comum não se entender uma
parte da fala. Neste caso marca-se o localcom parênteses, tendo-se duas opções:
(a) indica-los com a
expressão “incompreensível” ou então
(b) escrever neles o que se
supõe ter ouvido:
A: /...Q por exemplo (+) a
gente tava falando em desajuste (+) EU particularmente acho tudo na vida
relativo, (+) (1.8) TUDO TUDO TUDO
(++) tem um que sã :: o (+)/ tem pessoas problemáticas por que tiveram muito
amor (é o caso do ) (incompreensível) (+) outras porque /.../
6.
Truncamentos bruscos: /
Quando um falante corta uma
unidade, pode-se marcar o fato com uma barra. Isto também pode ocorrer quando
alguém é bruscamente cortado pelo parceiro:
...
L: vai tê que investi né”
C: é/ (+)
agora tem uma possibilidade boa que é quando ela sentiu que ia morá-lá (+) e: le o dono / ((rápido)) ela teve
conversan comi/ agora ele já disse o seguinte (+)
7.
Ênfase ou acento forte: MAIUSCULA
Quando uma sílaba ou palavra é
pronunciada com ênfase ou recebe acento mais forte que o habitual, indica-se o
fato escrevendo a realização com maiúsculas
(veja os exemplos de 2. e 5.
acima.)
8. Alongamento de vogal:
::
Quando ocorre um alongamento
da vogal, coloca-se uma marca (dois-pontos) para indicá-lo. Os dois pontos
podem ser repetidos, a depender da duração:
...
A: co:: mo” (+) e ::: ee”
9.
Comentários do analista:
(( ))
Para comentar algo que ocorre,
usam-se parênteses duplos no local da ocorrência ou imediatamente antes
do segmento a que se refere.
Pode-se coloca-los também
entre um turno e outro.
Ex.: ((ri)), ((baixa o tom
de voz)), ((tossindo)), ((fala nervosamente)), ((apresenta-se para falar)), ((gesticula pedindo a palavra)).
10.
Silabação: ------
Quando uma palavra é
pronunciada silabadamente, usam-se hífens indicando a ocorrência.
11.
Sinais de entonação” ’,
Usam-se:
Aspas
duplas – para uma subida rápida (corresponde mais ou menos ao
ponto de interrogação); aspas simples – para uma subida leve (algo assim como
uma vírgula ou ponto – e – virgula);
Aspas
simples abaixo da linha – para descida leve ou brusca.
Cf. exemplos dados
anteriormente.
12.
Repetições: reduplicação
de letra ou sílaba para repetições, reduplica-se a parte repetida.
Ex.: eee ele; c aca cada um.
13.
Para preenchida, hesitação ou sinais de
atenção.
Basicamente usam-se
reproduções de sons cuja grafia é muito discutida, mas alguns estão mais ou
menos claros, como: eh, ah, oh, ih ::,
mhm, aha, e vários outros.
14.
Indicação de transcrição parcial ou de
eliminação: ...
ou /.../
O uso de reticências no
início e no final de uma transcrição indica que se está transcrevendo apenas um
trecho.
Reticências
entre duas barras indicam um corte na produção de alguém.
8- “Para
entender o texto” e “Lições de texto: Leitura e redação” - Platão e Fiorin
Nível discursivo
Para
entender o texto é necessário entender as concepções existentes na época e na
sociedade em que o texto foi produzido, para não correr o risco de
compreendê-lo de maneira distorcida.
O texto é um todo organizado
de sentido.
a) Uma leitura não pode
basear-se em fragmentos isolados do texto;
b) Uma leitura deve levar em
conta o que está no texto e deve-se levar em consideração a relação de marcas
textuais, que um texto estabelece com outros.
Vozes marcada e demarcadas
no texto:
-
Mecanismos linguísticos, que servem para mostrar diferentes vozes no interior
de um texto;
- Negação: nele estão
implicadas duas vozes, uma que afirma e outra que refuta a afirmação anterior.
Ex.:
“Não tive filhos, não transmitir a nenhuma criatura o legado da nossa miséria[...]”- Memórias póstumas de Brás Cubas
“Não tive filhos, não transmitir a nenhuma criatura o legado da nossa miséria[...]”- Memórias póstumas de Brás Cubas
Discurso direto
Tudo
se passa como se o leitor estivesse ouvindo literalmente a fala, em contato direto
com os personagens.
- Marcas típicas do discurso direto:
a) O
verbo que anuncia a fala do personagem e alguns verbos, costumam ser
denominados verbos de dizer;
b)
Há dois pontos e travessão;
c)
Os pronomes, os verbos e as palavras que dependem de situações usadas
literalmente.
Discurso
Indireto
Não
reproduz literalmente as palavras do personagem mas usa as próprias palavras do
narrador para comunicar o que o personagem diz.
a)
Vem introduzido por um verbo de dizer;
b)
Separa-se a fala do narrador por sinais de pontuação, normalmente a conjugação
que ouve-se;
c) O
verbo ocorre em 3º pessoa, o tempo verbal está em correlação com o tempo que se
situa o narrador.
Confronto
do discurso direto com indireto
Discurso direto: “D. Paula disse: - Daqui a duas horas tudo
estará acabado.” - (Machado de
Assis)
Discurso indireto: “D. Paula disse que dali a duas horas tudo
estaria acabado” - (Machado de Assis)
Discurso direto livre: Em
um discurso elaborado pelo personagem e não pelo narrador. Ex.: “O mundo ficaria todo cheio de preás, gordos,
enormes.” – Vidas Secas
(Graciliano Ramos)
Nível
Fundamental
Constrói-se
sobre uma oposição entre aquilo que se quer mas não é o bastante e aquilo que
se deseja e é suficiente.
-Parcialidade
x Totalidade: Um dos polos desta oposição semântica aparece sempre investido de
uma apreciação positiva, enquanto outro é valorizado negativamente.
- Um
denominador comum para os elementos que se acham em posição no texto, é o que
se chama nível fundamental, organização fundamental, oposição de bases.
Nível
narrativo
Narrativa é uma mudança de estado operada pela ação de
uma personagem. Mesmo que essa personagem não apareça no texto, está
logicamente implícita. Em um texto há várias transformações, havendo quatro
mudanças de situação:
1) Do querer ou dever, um
desejo ou necessidade de fazer algo
Ex.: Me deu uma vontade enorme de comer chocolate.
Ex.: Me deu uma vontade enorme de comer chocolate.
2) Usando o exemplo acima
onde se adquire a competência necessária de fazer algo, pegar o dinheiro para
compra-lo, passar do estado de não poder comer, para poder come-lo.
3) A mudança principal é a
realização daquilo que se quer, passamos da situação de não ter o prazer
gustativo proporcionado doce, para a situação por de tê-lo.
4) A transformação pode-se
atribuir prêmios ou castigos.
Toda narrativa tem essas quatro mudanças, mesmo que elas
não sejam explicitamente mencionadas, pois elas se pressupõem logicamente. Com
efeito, quando se contata a realização de uma mudança principal é porque ela se
verificou e ela se efetua porque quem a realiza sabe e pode, quer ou deve
faze-la.
Encadeamento de figuras e
temas
Assim como as figuras se encadeiam de modo coerente, os
temas também os fazem. A mesma coerência interna do encadeamento das figuras
devem existir na rede de temas, de um texto temático.
As figuras não podem ser jogadas de qualquer maneira em
um texto, mas sim organizadas em grupos. Encadeadas umas às outras. São os
recursos figurativos que manifestamos temas e subjacente aos textos
Para caracterizar as diferenças entre as paisagens rural e urbana, Tarsila do
Amaral construiu percursos figurativos distintos. Criando a obra Mamoeiros de
1925.
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